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Curso em vídeo para gestantes


O Curso de Gestante online do site MDEMULHER, traz uma série de 21 aulas em vídeo totalmente gratuita, que dará todas as informações e esclarecerá suas principais dúvidas sobre a gravidez. Todo o conteúdo foi elaborado com a colaboração de renomados especialistas da maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, uma referência do que há de melhor na medicina do país.

Você pode assistir a qualquer aula, a qualquer momento. Basta clicar nos assuntos abaixo. Ao final de cada vídeo, você poderá imprimir um resumo para formar, aos poucos, uma apostila. E terá a possibilidade, também, de fazer um teste para avaliar o que aprendeu. Esperamos que você aproveite bastante!


Aula 1 - Os sintomas da gravidez

Primeiros sinais

Eles variam bastante. Na verdade, variam de organismo para organismo e de momento para momento da gestação. O principal deles é mesmo o atraso menstrual. Por isso, aquelas mulheres com o ciclo muito certinho logo desconfiam quando estão grávidas e, não raro, fazem algum teste de farmácia. Vale notar que esses testes, realizados em casa com uma amostra da urina, já estão muito mais confiáveis do que no passado. No entanto, o mais certeiro ainda é o exame de sangue para dosar um hormônio chamado beta hCG. Ele é tão sensível que pode acusar uma gravidez antes mesmo de qualquer atraso na menstruação.Outros sinais frequentes são enjoo, alterações digestivas, como azia e queimação, aumento da salivação e do apetite, sem contar a sensação de sonolência.O ideal seria a mulher, ao receber a confirmação da gravidez, realizar exames de sangue, urina e fezes para afastar a hipótese de problemas, como infecções capazes de atrapalhar o desenrolar da gestação. São os primeiros exames pré-natais — todos absolutamente necessários!É preciso, ainda, um ultrassom para confirmar a idade gestacional, verificar como o bebê se implantou no útero e como está batendo o seu pequeno coração.

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A culpada é a placenta?

No comecinho da gravidez, mal a placenta começa a aparecer, ela já passa a secretar hormônios iguais aos que o corpo da mulher produzia — mas, claro, no caso trata-se de uma produção extra. E esses hormônios, em dosagens maiores do que as de costume, acabam influenciando as mais diversas funções do organismo. Portanto, por trás de todos os sinais da gravidez há uma ação hormonal. Não à toa, eles tendem a ser mais intensos quando a mulher espera gêmeos. Ora, no caso, ela está formando no ventre uma quantidade bem maior de placenta — portanto, está produzindo mais e mais hormônios e, provavelmente, experimentando mais e mais sintomas.

O problema do enjoo

Ele é um sinal frequente, mas não obrigatório. Algumas grávidas nunca sentiram esse mal-estar. Em outras, ele aparece por volta da sétima semana de gestação.A ansiedade, o estresse, o cansaço físico, o excesso de comida ou, ao contrário, períodos de jejum prolongado tendem a agravar as crises de enjoo. O médico poderá prescrever medicamentos para controlá-las. O ideal, porém, é a mulher perceber em que horários do dia ela costuma se sentir mais enjoada e procurar se poupar nesses momentos. Controlar a alimentação também é importante.Para algumas grávidas que costumam sentir muito enjoo, alimentos gelados, como picolés de frutas ácidas, trazem algum alívio. Eles podem ser uma espécie de recurso de emergência. O fundamental é não forçar o apetite e comer apenas o que sentir vontade para não piorar o quadro. O que realmente faz diferença para a grávida nessa fase é a hidratação, e não a comida. É disso que ela não deve se descuidar.Evite comer quando se sentir enjoada para evitar as crises de vômito. Mais do que desagradáveis, elas fazem seu organismo perder muito líquido e minerais importantes para o desenvolvimento do feto. Uma ótima sugestão é fracionar as refeições. Comer pequenas porções de alimentos em intervalos regulares ajuda bastante.

Manter-se hidratada

Essa deve ser a preocupação número 1 da gestante, especialmente nesse início de gravidez. No caso das mulheres que sentem muito enjoo, porém, um copo de água pode atrapalhar mais do que ajudar. Elas devem privilegiar sucos, leite, iogurtes, sopas e outros alimentos ricos em água, como frutas bem suculentas.

As alterações emocionais

Elas surgem logo no início e têm a ver com a história de toda uma vida — o que essa mulher experimentou na infância, sua vida familiar, a expectativa em relação ao bebê e ao seu papel de mãe, o relacionamento com o parceiro, se é uma gravidez muito desejada ou, ao contrário, inesperada... Tudo conta. É preciso respeitar esses aspectos psicológicos e refletir sobre esses fatores envolvidos. Até porque eles afetam diretamente os sintomas físicos e o bem-estar da gestante. Uma boa ideia para conter a ansiedade é conversar bastante com seu obstetra e tirar todas as dúvidas. Uma das funções mais importantes do pré-natal é justamente esta: proporcionar segurança à futura mamãe.

Questões de apetite

Os famosos desejos por alimentos específicos — por ironia, na maioria das vezes difíceis de ser encontrados naquele momento, como frutas fora de época — são um sintoma clássico da gravidez, bastante observado nos consultórios dos obstetras. É provável que os hormônios tenham uma participação muito discreta nesse fenômeno. Mas, sem dúvida, sua principal causa é de caráter psicológico.

O cálculo do tempo de gravidez

Uma gestação dura 40 semanas, em média. E os médicos costumam contá-la a partir do primeiro dia da última menstruação. Portanto, faça o seguinte:

Anote a data da última vez em que você menstruou. Vamos imaginar que tenha sido no dia 2 de abril. Primeiro, some 7 ao número do dia. Ou seja, 2 + 7 = 9. Então, subtraia 3 do número do mês, que no caso de abril é 4. Ou seja, 4 - 3 = 1, número equivalente a janeiro. O resultado desse cálculo indica que a criança deverá nascer aproximadamente em 9 de janeiro. Se, ao somar o dia da última menstruação com 7, o mês virar, então a conta será ligeiramente diferente. Imagine que sua última menstruação tenha começado no dia 27 de junho. Ora, 27 de junho mais sete dias daria 4 de julho no calendário. Guarde o número 4. Agora, para calcular o mês, é simples: pegue o número do mês da última menstrução — mês 6, no nosso exemplo — e subtraia 2 em vez de 3. Ou seja, 6 - 2 = 4. A criança deverá nascer por volta de 4 de abril. Caso você não se lembre da data da última menstruação, não se preocupe. O primeiro ultrassom resolve a questão, ao medir o feto. Seu tamanho também indica a idade gestacional.

O sexo do bebê

Para aquelas que desejam descobrir o sexo antes do nascimento e nem sequer querem esperar a ultrassonografia da 16ª semana — que já é capaz de dar essa informação com segurança —, há um teste de sangue que pode responder a essa dúvida já na oitava semana. Trata-se do exame de sexagem fetal. Ele acerta na resposta em 99% dos casos.

Quer saber mais? Assista à aula completa:

Aula 2 - As transformações na primeira metade da gravidez

Nas primeiras semanas da gestação, o corpo da mulher é inundado por uma série de hormônios. Uma das primeiras funções desse banho hormonal é preparar os seios para a amamentação. Imagine que as mamas lembram um cacho de uvas. Elas irão se ramificar e ficar com os bagos grandes. Isso porque se preparam para, lá adiante, produzir cerca de 450 mililitros de leite diariamente.

Mas, com isso, os seios praticamente dobrarão de tamanho nos três primeiros meses de gravidez. Esse crescimento rápido às vezes chega a provocar uma ligeira dor. A inundação de hormônios também age sobre a pele. Ela tende a ficar mais hidratada e iluminada. Às vezes, bem mais oleosa, tanto assim que algumas gestantes apresentam acne.

Outro efeito não tão agradável na pele é o surgimento de cloasmas gravídicos. São manchas escuras nas maçãs do rosto, formadas por uma concentração de melanina, o pigmento natural que nos dá cor. Ocorre que, na gravidez, sua produção é disparada. Para evitar manchas, a grávida precisa usar filtro solar sempre. Não importa se o dia está ensolarado ou nublado. Em seu estado, com a melanina a mil, qualquer radiação solar será o estopim de cloasmas. Aliás, para reforçar a proteção, o ideal seria – se for à praia, à piscina, enfim, se ficar sob o sol diretamente – usar sempre chapéu, viseira ou boné, ficar sentada sob tendas ou guarda-sóis e, de preferência, naqueles horários em que a radiação dá uma trégua, ou seja, antes das 10 horas da manhã e depois das 15.

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Os cabelos são uma história à parte. Normalmente, eles crescem, ficam estabilizados por um tempo e caem. Mas, na gestação, quando os hormônios femininos imperam, os fios praticamente só crescem. Por isso, a cabeleira de quem está grávida fica mais bonita, volumosa, brilhante. Só que, claro, isso é temporário. Quando o bebê nasce e os níveis hormonais voltam ao normal, os cabelos que cresceram ao longo dos últimos nove meses tendem a cair. Às vezes, a queda é tão intensa que as novas mamães se assustam, achando que algo de errado está ocorrendo. Não há nada para se preocupar porque é assim mesmo: os cabelos crescem mais na gravidez e caem depois. Isso é absolutamente normal.

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Aula 3 - As transformações na segunda metade da gravidez

As mudanças no corpo da mulher continuam com o avanço da gestação. Nessa etapa, elas são marcadas muito mais pelo crescimento acelerado da barriga do que pelos efeitos dos hormônios. E a barriga, por sua vez, cresce para acompanhar o bebê, que está cada vez maior.

Entre o quinto e o sexto mês, a grávida começa a viver uma fase muito agradável. Os enjoos, provavelmente, se tornaram coisa do passado. A barriga despontou, mas não está enorme a ponto de provocar algum desconforto. E o melhor: ela começa a sentir o bebê se mexer pra valer. Isso lhe dá uma noção concreta de que está carregando uma criança no ventre e, quando ela se move, é como se a mulher soubesse que tudo está bem.

Aliás, é importantíssimo observar: a movimentação do bebê deve ser diária. Ele até pode se mexer mais em um dia, menos em outro. Tende a se movimentar, por exemplo, quando a mulher se alimenta. O fato é que precisa se mexer todo dia.

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A sensação que a grávida tem desse movimento é que pode mudar. Lá no início da gravidez, o bebê parecia um peixinho que, de vez em quando, surgia nadando em sua barriga. A partir do quinto mês, ela começa a perceber joelhos, mãos, cambalhotas... Essa percepção reforça o vínculo mãe/filho. E, a partir do sétimo mês, claro, ela leva muitos chutes, alguns até bem doloridos.

Na reta final da gestação, o bebê já não faz movimentos tão bruscos e às vezes a grávida até estranha, achando que ele está se mexendo menos e que, por isso, algo está errado: ora, implesmente ele cresceu e já não há tanto espaço em sua barriga! Só por essa razão o bebê fica menos agitado.

Nessa fase — aliás, desde o sexto mês — ela pode sentir uma vontade frequente de fazer xixi. Isso porque a bexiga está espremida pelo útero grandalhão e, ao menor volume de urina, já parece lotada. Não só ela está no maior aperto: o estômago, o intestino, o diafragma... O útero, a esta altura, começa a comprimir tudo ao seu redor. Por isso, a grávida também pode experimentar azia, prisão de ventre e até falta de ar, mesmo que não tenha feito esforço algum. Nesses momentos, para recuperar o fôlego, nada melhor do que se sentar e jogar o corpo para a frente. Assim, o peso da barriga deixa de apertar o diafragma, músculo envolvido diretamente na respiração, e ela logo se normaliza.

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Aula 4 - A gravidez de gêmeos


Apresença de dois bebês no útero da mulher sempre representa uma sobrecarga importante — alimentar, circulatória, osteoarticular... É, de fato, um peso a mais. Portanto, há uma dose de desconforto a mais. Sem contar que a ansiedade, diante da perspectiva de cuidar de dois bebês ao mesmo tempo, tende a duplicar também.

A questão que precisa ficar clara é até que ponto a gestação de gêmeos pode ser classificada como uma gravidez de risco — enfim, o que seria risco nesse caso? É preciso, antes de mais nada, ressaltar que a evolução nas técnicas de reprodução assistida, observada nos últimos anos, faz com que hoje de 2 a 3% das gestações sejam de gêmeos. E, como se tornaram mais comuns, a medicina adquiriu um conhecimento muito maior sobre elas. Agora, os médicos conseguem acompanhá-las de maneira ainda mais adequada, com abordagens cada vez mais seguras, diminuindo bastante a probabilidade de complicações. Mas, claro, sempre restam alguns riscos. E isso por causa da tal sobrecarga.

A sobrecarga é uma espécie de empurrão para a mulher desenvolver problemas se por acaso já tinha propensão para tê-los. Assim, a grávida com tendência a diabete muito provavelmente apresentará essa doença se estiver esperando gêmeos. A mulher com tendência a hipertensão poderá ficar com a pressão nas alturas. Assim como aquela que já tinha dificuldades respiratórias ou problemas de coluna talvez sofra de crises intensas durante a gestação.

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Por essas e por outras, claro, o pré-natal na gravidez gemelar precisa ser muito mais cuidadoso. As visitas ao médico, por exemplo, devem ser mais assíduas para acompanhar os bebês e ver, entre outras coisas, se um não está se desenvolvendo muito mais do que o outro. Aliás, muitas vezes o exame clínico não é suficiente. É comum o médico pedir mais ultrassonografias para ter certeza sobre como está o crescimento de um e de outro, o líquido de um e de outro, a placenta...

Além de fazer o pré-natal corretamente, a grávida deve prestar muita atenção na alimentação. Durante a gravidez, o trânsito intestinal já tende a se tornar mais lento. E, para complicar ainda mais as coisas, no caso da gestante que espera gêmeos, há uma necessidade maior de calorias e proteínas. Ela então precisa comer de uma forma mais correta do que nunca — em intervalos bem curtos e ingerindo pequenos volumes de alimentos de fácil digestão. Isso porque, à medida que crescem, os bebês ocupam o espaço do abdômen, diminuindo a capacidade do estômago e tornando o trânsito da comida pelo tubo digestivo ainda mais vagaroso. Se a grávida arriscar comer uma porção maior numa situação dessas, ela sentirá um enorme mal-estar — e, provavelmente, não estará nutrindo direito seus bebês.

O repouso precisa ser respeitado rigorosamente. Ele diminui a tensão, reduz o tônus do períneo e as contrações uterinas — o que faz com que os bebês se desenvolvam mais, favorecendo o aumento do tempo de gestação.

A atividade física é igualmente fundamental. Como a sobrecarga — circulatória, óssea, articular e até respiratória — é muito grande, torna-se necessário que a mulher se prepare adequadamente. É claro que precisa ser um exercício orientado, adequado ao seu estado — ela não pode sair correndo, mas pode praticar hidroginástica, ioga, alongamento... Há uma série de opções fantásticas para a grávida.

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Aula 5 - A atividade física na gravidez

A atividade física é recomendada a todo mundo, a todas as mulheres. A gestante, portanto, não é exceção. Ela deve continuar praticando exercício. Aliás, o ideal seria a mulher deixar seu corpo em forma antes mesmo de engravidar, ou seja, ao planejar um bebê. A mulher pode se exercitar, inclusive, no início da gestação, ao contrário do que muita gente imagina. Tecnicamente, não há nada que a impeça — basta até lembrar que a maioria só sabe que está grávida quando já está com um ou dois meses de gravidez. Se o organismo é saudável, não existem riscos. Por que, então, esse mito? Porque infelizmente uma parte das mulheres — em torno de 10% — perde o bebê no primeiro trimestre de gestação e, daí, relaciona isso ao que estava fazendo. Ora, se fazia ginástica, passa a culpar as sessões de exercício pelo episódio, que provavelmente aconteceria de qualquer maneira. O melhor a fazer é sempre conversar com o médico: se estiver tudo bem, ele provavelmente irá liberar o exercício.

Quando há contraindicações ao exercício?

  • Quando a mulher tem sangramentos;

  • Quando a placenta apresenta problemas;

  • Quando há uma dilatação do colo uterino;

  • Problemas cardíacos prévios, ainda mais considerando que a própria gravidez é uma sobrecarga para o coração.

Procure fazer pelo menos 30 minutos de exercício cinco vezes por semana — ou, melhor ainda, todos os dias, se conseguir. Isso seria o ideal. Não é tão complicado quanto parece. Você pode caminhar até o restaurante próximo do seu trabalho — e, só nesse trajeto de ida e volta, consumir 20 ou, quem sabe, os tais 30 minutos.

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Existem mulheres que começam a se exercitar quando ficam grávidas e precisam mesmo pegar leve. Para elas, qualquer caminhada já é um tremendo ganho. Outras estavam acostumadas a, por exemplo, caminhar 10 quilômetros por dia e, no final da gestação, só conseguem percorrer 5 quilômetros. Tudo bem, é normal. Com o crescimento da barriga, a performance diminui mesmo e o importante é manter a pulsação e se sentir bem. Não é o momento de se superar.

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Aula 6 - Alimentação na gravidez


Quando falamos em alimentação saudável na gravidez, no fundo estamos definindo uma boa alimentação para qualquer indivíduo. E ela seria composta de cinco ou seis refeições, porque — além do desjejum, do almoço e do jantar — não podemos nos esquecer dos lanches no meio da manhã e da tarde, sem contar aquele outro lanchinho, a ceia, feito antes de dormir.

Essas paradas para comer algo ao longo do dia são importantíssimas porque ajudam a manter estáveis os níveis de açúcar no sangue. E diga-se: nas gestantes, eles tendem a cair depressa depois de um jejum prolongado, criando um quadro mais severo de hipoglicemia.

Quando a grávida fica mais de quatro ou cinco horas sem ingerir nada, sente tremores, tonturas, náuseas. Para evitar todo esse mal-estar, ela deve ter sempre à mão alimentos como barrinhas energéticas e frutas. Ou parar para comer uma gelatina, um pedaço de queijo ou um iogurte. Note que esses são exemplos de alimentos que nem chegam a ser muito calóricos — mas já são o bastante para fazer os níveis de açúcar se estabilizarem.

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Aliás, a ideia nunca é se entupir de calorias. A grávida precisa comer para dois, e não comer por dois — o que é bem diferente. No primeiro trimestre de gestação, sua necessidade calórica é a mesma de sempre. No segundo trimestre, sim, ela precisa aumentar um pouco o consumo energético — cerca de 350 calorias a mais todo dia, algo como um copo cheio de leite integral e um bife pequeno de 60 a 70 gramas, ou seja, nada assim tão gigantesco. Na reta final da gravidez, isto é, no terceiro trimestre, a mulher deve ingerir apenas 450 calorias extras diariamente.

De onde vêm as calorias que a grávida deve consumir?

40% da gordura (dos óleos vegetais, por exemplo)

30% da proteína (carnes, ovos, peixes, leite, aves...)

30% do carboidrato (pão, arroz, batata, cereais...)

O prato da grávida deve privilegiar também os famosos micronutrientes, como as vitaminas. Entre elas, vale destacar a B6, a B12 e a vitamina A. Essa última se acumula no organismo, por isso o consumo deve ser sob medida. Ou seja, ao mesmo tempo que esse nutriente não pode faltar, a grávida deve evitar comer com frequência alimentos como patê de fígado, que tem alta concentração dele.

Também devemos nos lembrar dos oligoelementos — como o magnésio, o selênio e o zinco —, que, afinal, são essenciais para a formação e o crescimento do bebê. Para que eles e outros tantos nutrientes importantes nunca faltem no prato da grávida, ele deve ser colorido, com legumes e verduras diversas. E ela também deve sempre consumir muitas frutas e cereais integrais.

Por mais variada que seja a dieta, porém, a gestante não está livre da suplementação do ácido fólico, nutriente fundamental para a formação do sistema nervoso do feto. Sem ele, os riscos de o bebê apresentar malformações aumentam. Por isso, toda mulher é orientada pelo obstetra a tomar cápsulas de ácido fólico diariamente durante o primeiro trimestre. Na realidade, o ideal é iniciar a suplementação quando a mulher começa a planejar uma gravidez, uns três meses antes de engravidar.

E uma coisa é certa: no cardápio da gestante não deveria faltar carne vermelha. Esse ingrediente contém nove tipos de aminoácidos essenciais, substâncias precursoras de proteínas que serão usadas, feito tijolos, na formação e no desenvolvimento do bebê. De todas as eventuais restrições alimentares que uma grávida pode ter, é nessa que devemos prestar mais atenção, porque pode comprometer a criança no futuro, criando inclusive dificuldades de aprendizado. Por isso mesmo, o conselho para as vegetarianas é claro: elas devem procurar depressa a orientação de um profissional nutricionista, que irá balancear seu prato para garantir o aporte de todos os aminoácidos e vitaminas essenciais para a gestação, compensando a falta da carne.